The Day I Was Born
Luís Vaz de Camões
Translated by A.Z. Foreman
Let the day I was born die and be gone
Forever from all time that is or was.
Let it never return or, if it does,
Let an eclipse bear down upon the sun,
Let it black out and light go on the run,
The world show signs of being about to die,
And monsters spawn and blood rain from the sky,
And mother be a stranger to her son.
Then let the people, ignorant and dazed,
Face pale in tears, ghastliness in the heart,
Reckon the world already come apart.
O timid creatures, do not be amazed
That this day of all days beheld the birth
Of the most cursèd goddamned wretch on earth.
The Original:
O dia em que eu nasci, morra e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar,
Não torne mais ao mundo e, se tornar,
Eclipse nesse passo o sol padeça.
A luz lhe falte, o sol se lhe escureça,
Mostre o mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
Luís Vaz de Camões
Translated by A.Z. Foreman
Let the day I was born die and be gone
Forever from all time that is or was.
Let it never return or, if it does,
Let an eclipse bear down upon the sun,
Let it black out and light go on the run,
The world show signs of being about to die,
And monsters spawn and blood rain from the sky,
And mother be a stranger to her son.
Then let the people, ignorant and dazed,
Face pale in tears, ghastliness in the heart,
Reckon the world already come apart.
O timid creatures, do not be amazed
That this day of all days beheld the birth
Of the most cursèd goddamned wretch on earth.
The Original:
O dia em que eu nasci, morra e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar,
Não torne mais ao mundo e, se tornar,
Eclipse nesse passo o sol padeça.
A luz lhe falte, o sol se lhe escureça,
Mostre o mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
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